segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Jesus: messias ou um bom homem comum?


Aproximadamente no século 6 a.C. nasce Jesus, filho de José e Maria. Para a história parece bem provável que Jesus gozou uma vida com boa condição social; José era carpinteiro, profissão que na época era um serviço que exigia alguma especialização, representando status e um valor que podia ser pago apenas por classes sociais mais altas; Jesus também sabia ler e escrever, o que representava uma grande vantagem para a época.
O domínio da escrita e da leitura foi fundamental para Jesus se configurar enquanto o representante do povo judeu. Vivendo em Israel, num período de intenso conflito entre religiosidade e política romana, Jesus dominou o Antigo Testamento e saiu pregando aos oprimidos e desesperançados.
Inicialmente ele era conhecido apenas como “Nazareno”, que não significa nada mais do que alguém que é nativo de Nazaré. Com sua popularidade passou a ser chamado de Cristo, que em grego representa algo como “ungido”. Nessa época, calcula-se que Jesus provavelmente deveria ter entre 30-35 anos. Provavelmente um grande orador, as mensagens de Jesus aos oprimidos iam ganhando cada vez mais destaque. Suas pregações estruturadas no Antigo Testamento e nos ideais de humildade de que “os últimos serão os primeiros”, arrastavam multidões. Com a rápida popularidade, Jesus passou a precisar de alguém para ajudá-lo. Os primeiros voluntários eram pescadores, juntaram-se outros e rapidamente formou-se o grupo dos 12 discípulos.
A voz de Jesus Cristo que inicialmente fazia eco apenas em alguns vilarejos, com a popularidade, passou a representar uma ameaça à política romana. Para os imperadores romanos Jesus era um transgressor às leis e normas vigentes. Soma-se a isso tudo, o conflito entre a religião romana e a cristã; para se ter uma idéia, os romanos viam os cristãos enquanto ateus.
E Jesus parou por ai. Sua vida foi curta, em seu apogeu (30-35 anos), foi capturado e condenado pelos romanos. Em sua última ceia com os discípulos, Jesus já pressentia que não teria como escapar das tropas romanas. Condenado por blasfêmia, passou primeiro por um tribunal judeu composto por vários inimigos, culminando com a sentença dada pelas autoridades romanas: morrer pregado na cruz, castigo máximo aplicado àqueles considerados transgressores.
Até então, Jesus Cristo não era oficialmente o Messias. Sua consagração final floresceu em meio à forma como foi condenado e alguns eventos “misteriosos” que se sucederam após sua morte. Um deles foi o eclipse solar, fenômeno natural que pode ter ocorrido, mas que para a época representou um “sinal divino”; neste mesmo dia, o corpo de Jesus foi retirado da cruz por amigos e enterrado, daí resultou o “sumiço” que assumiu o caráter de ressurreição. – Nesse momento nasceu no ideário dos fiéis que Jesus Cristo havia subido aos céus, que sua morte foi um ato de amor para nos salvar e, portanto, dava-se por cumprida a profecia elaborada no Antigo Testamento sobre a vinda do Messias.

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