segunda-feira, 24 de novembro de 2008


A invenção dos óleos corporais
A fragrância também encontrou espaço na vida religiosa e secular através de óleos perfumados. Eles eram feitos (e ainda são atualmente) por meio da extração e transformação dos óleos de plantas em gordura ou em óleo vegetal e depois filtração do material usado. Eles eram amplamente utilizados em cerimônias religiosas para consagrar templos, altares, estátuas, velas e sacerdotes.

Utilização religiosa dos óleos perfumados:
O Livro do Êxodo (30:22-25) fornece uma das mais antigas receitas de unção com óleo (dada por Deus a Moisés para ser usada na iniciação dos sacerdotes). Os ingredientes incluiam mirra, canela, cálamo e cássia misturados no azeite de oliva.Quando Maria Madalena untou os pés de Cristo e os limpou com seus cabelos, ela o fez com um óleo feito a partir do nardo. O nome Cristo, ou Christos, do grego chriein, significa literalmente "untar", e o franquincenso e a mirra levados pelos reis magos para Jesus Cristo provavelmente eram óleos de unção. Acredita-se que esses óleos eram mais valiosos do que o ouro carregado pelo terceiro rei mago.

O talento egípcio para formular óleos perfumados se tornou lendário e seus óleos eram, com certeza, muito poderosos: potes de calcita cheios de óleos perfumados ainda tinham um leve odor quando o túmulo do rei Tutancâmon foi aberto 3 mil anos depois de sua morte. Os egípcios eram especialmente criativos na utilização do cheiro e não o restringiam a ritos religiosos. O cheiro específico de alguém, ou khaibt, era representado por um hieróglifo de um leque e acreditava-se que ele fosse capaz de influenciar as emoções dos outros.O primeiro spa de beleza pode ter sido a fábrica de perfume de Cleópatra em En Gedi, perto do Mar Morto. Aparentemente, tratamentos de saúde e beleza eram oferecidos às pessoas, já que as ruínas da fábrica têm assentos que parecem ter sido parte de salas de tratamento ou de espera. Ervas perfumadas eram misturadas em um azeite de oliva especialmente preparado. Infelizmente, o livro onde Cleópatra registrava receitas de seus óleos corporais, Cleopatra Gynaeciarum Libri, foi perdido. Só sabemos de sua existência porque foi mencionado em textos romanos. Banhados em fragrância Os romanos, que não gostavam do processo bagunçado de infusão e filtração dos óleos perfumados, importavam a maioria dos seus do Egito. Tanto os homens quanto as mulheres se banhavam nas fragrâncias. A utilização dos perfumes era tanta que os romanos apaixonadamente chamavam seus amores de "minha mirra, minha canela", assim como os norte-americanos chamam seus amados de "honey" (palavra em inglês para "mel")

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